Inspiração

Notícia recentemente divulgada nos dá conta que o Facebook apagou um sistema de negociações desenvolvido por Inteligência Artificial, por conta da máquina ter criado uma linguagem própria e mais eficiente que a utilizada por seus idealizadores. A linguagem era estranha aos programadores, porém dentro de um determinado padrão, dificultando o desenvolvimento e a adoção de redes neuronais. No frigir dos ovos significava a perda de controle do programador e operador sobre a Inteligência Artificial. O detalhe disto é que o Google também aplicou procedimento semelhante, por perda de controle sobre uma Inteligência artificial que havia desenvolvido.
Neste contexto apresentamos Demis Hassabis fundador e diretor do Google DeepMind, que em artigo na revista Neuron argumenta que a expansão das fronteiras da Inteligência Artificial, se dará através da compreensão mais profunda da mente humana. Argumenta que o aprendizado na IA utiliza camadas de neurônios artificiais, visando entender dados e assim proceder a aprendizagem. Daí a neurociência que por conta de tentativa e erro, conseguiu os resultados obtidos pelos sistemas em geral. Reclama que ultimamente os desenvolvimentos recentes neste campo, não tem sido corroborados pela biologia e que sua eficácia estará ao lado de características humanas, via compreensão intuitiva do mundo real e por melhores formatos de aprendizagem. Conclui afirmando que só a troca de informação entre Inteligência Artificial e Neurociência, promoverá novo circulo virtuoso em ambas as ciências.
Inserido neste campo, Gary Marcus professor da Universidade de Nova York nos avisa que a melhoria dos sistemas de aprendizagem automática, poderia vir a reboque da compreensão do sistema cognitivo infantil. Já o próprio Hassabis na revista Verge, esclarece que por conta da grandiosidade tornou-se muito difícil ser especialista em Neurociências ou Inteligência Artificial, havendo necessidade da junção de forças. Certamente não é a estagnação mas um crescimento na direção da inovação em ritmo mais lento, pois quanto melhor a compreensão do funcionamento do cérebro, melhores estruturas inovadoras em algorítimos e inteligência artificial. Afinal, as lições aprendidas nas pontas do sistema de inteligência artificial, nos esclarece de modo mais adequado o que é realmente a inteligência artificial.

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